quarta-feira, 16 de março de 2011

Lampreia

Nome científico: Petromyzon marinus
Características: Comprimento, até 1 metro
Sete fendas brânquias que se comunicam com bolsas brânquias de cada lado da cabeça.
Apesar de ser associada normalmente a zonas mais a Norte, a lampreia tem também os seus "santuários" na metade Sul do país, nomeadamente no Baixo Alentejo, onde, nesta altura do ano, Mértola se afirma como a "capital" do ciclóstomo. Da Penha da Águia ao Pulo do Lobo, rio acima, passando pelo Pomarão, Mértola e Canais, as lampreias são apanhadas pelas artes dos resistentes e experientes pescadores do "grande rio do Sul". Uma tradição que, no entanto, parece algo ameaçada pela falta de juventude interessada em aprender a arte.

Assim que atingirem a maturidade sexual as lampreias entram nos estuários dos rios. Chegando à água doce, param de se alimentar. O macho sobe primeiro o rio e faz um “ninho” com seixos, que junta com sua boca. A fêmea chega depois. Ela ajuda a terminar o ninho de pedras, onde põe aproximadamente 200 000 óvulos, que são fecundados pelo macho. Depois disso, o macho e a fêmea nadam rio abaixo e morrem. As larvas, com 15 a 20 cm de comprimento, saem do ninho duas semanas depois. Elas passam 4 a 5 anos na água doce antes de assumir a forma definitiva e  se dirigirem para o mar.
 E o ciclo recomeça.
Algumas Curiosidades
As lampreias são PROIBIDAS de serem apanhadas nesta época porque estão a desovar (época de desovar é agora) e são apanhadas durante a noite.
Daniel Tomaz

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