quarta-feira, 16 de março de 2011

Lontra no Fluviário de Mora

As nossas fotos

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Casal de Cegonhas
Ninho de Cegonha Branca


Ponte Sobre o Rio Guadiana (Mértola)

Fotos de João Pina

O que é a Biodiversidade?

A Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o ano de 2010 como Ano Internacional da Biodiversidade, com o propósito de aumentar a consciência sobre a importância da preservação da biodiversidade em todo o mundo.

Esta celebração teve como objectivos:
·         Evidenciar a importância da biodiversidade para nossa qualidade de vida.
·         Refletir sobre os esforços já empreendidos para salvaguardar a biodiversidade até o momento, reconhecendo as organizações que actuam no terreno.
·         Promover e dinamizar todas as iniciativas de trabalho para reduzir a perda da biodiversidade.

Mas, afinal o que é a Biodiversidade?

É a “variedade de vida no planeta Terra, incluindo a variedade genética dentro das populações e espécies, a variedade de espécies da flora, da fauna, de fungos macroscópicos e de microrganismos, a variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas; e a variedade de comunidades, habitats e ecossistemas formados pelos organismos.”
http://pt.wikipedia.org/wiki/Biodiversidade


Nunca nos devemos esquecer: nós fazemos parte da biodiversidade; somos parte da Natureza. Vivemos na Natureza, com a Natureza e para a Natureza!

Autores: alunos do 6º B
Logotipo do Ano Internacional da Biodiversidade

O Rio Guadiana

O Rio Guadiana nasce em Espanha, nas lagoas de Olhos do Guadiana. Quando chega a Portugal, no Alentejo, segue a linha da fronteira.
Tem cerca de 870 quilómetros de comprimento, mas só 260 é que são dentro de Portugal.
A paisagem que o rio Guadiana percorre é muito seca, mas sempre diferente ao longo de todo o percurso. Às vezes o rio é muito rápido, outras muito fino e outras é tão largo que faz grandes barragens naturais chamadas bacias hidrográficas.
Ao longo do seu percurso existem inúmeras paisagens naturais muito bonitas e interessantes, que apresentam uma biodiversidade imensa. Plantas e animais diversos encontram no rio e seus aflentes e, também, nas suas margens, o local ideal para viverem ou para permacerem durante algum tempo.


Alunos do 6º ano Turma B
No Rio Guadiana pode-se encontrar alguma variedade de peixes tais como , bogas, muge, enguia (eiró) e lampreia. Nalguns do afluentes do rio, por exemplo, na ribeira do Vascão, é possível encontrar o pequeno saramugo.
Lontra - Lutra lutra
A inúmeras plantas que vão surgindo ao longo das margens, capazes de suportar a aridez dos solos e as altas temperaturas que se fazem sentir no verão alentejano. De entre elas, salientamos a aroeira, o freixo, a figueira e a azinheira. Plantas tais como o loendro, o tamujo, o poejo, a hortelã da ribeira e o trevo de quatro folhas preferem locais mais próximos das margens, onde a humidade é maior. Todas estas plantas têm um interesse muito grande na região, não só ao nível da biodiversidade, mas sua existência diminui a erosão dos solos e consolida as margens.
Sapo Parteiro - Alytes cisternasii
Cágado-de-carapça-estriada - Emys orbicularis



Numa região com condições climatéricas tão rigorosa, existem diversas espécies animais que encontram nas zonas ribeirinhas a sua casa ou local de por onde passam enquanto esperam que o Inverno rigoroso do Norte da Europa ou o calor intenso do Norte de África passem. Assim sendo, animais como a cegonha preta, o guarda-rios, o pato-real, o bufo-real, a lontra, o cágado-de-carapaça-estriada  e o  sapo parteiro encontram nestes locais as condições ideais para a sua sobrevivência.
           Rio Guadiana - fotos de João Pina   

Alunos do 6º ano Turma B                                             

Lampreia

Nome científico: Petromyzon marinus
Características: Comprimento, até 1 metro
Sete fendas brânquias que se comunicam com bolsas brânquias de cada lado da cabeça.
Apesar de ser associada normalmente a zonas mais a Norte, a lampreia tem também os seus "santuários" na metade Sul do país, nomeadamente no Baixo Alentejo, onde, nesta altura do ano, Mértola se afirma como a "capital" do ciclóstomo. Da Penha da Águia ao Pulo do Lobo, rio acima, passando pelo Pomarão, Mértola e Canais, as lampreias são apanhadas pelas artes dos resistentes e experientes pescadores do "grande rio do Sul". Uma tradição que, no entanto, parece algo ameaçada pela falta de juventude interessada em aprender a arte.

Assim que atingirem a maturidade sexual as lampreias entram nos estuários dos rios. Chegando à água doce, param de se alimentar. O macho sobe primeiro o rio e faz um “ninho” com seixos, que junta com sua boca. A fêmea chega depois. Ela ajuda a terminar o ninho de pedras, onde põe aproximadamente 200 000 óvulos, que são fecundados pelo macho. Depois disso, o macho e a fêmea nadam rio abaixo e morrem. As larvas, com 15 a 20 cm de comprimento, saem do ninho duas semanas depois. Elas passam 4 a 5 anos na água doce antes de assumir a forma definitiva e  se dirigirem para o mar.
 E o ciclo recomeça.
Algumas Curiosidades
As lampreias são PROIBIDAS de serem apanhadas nesta época porque estão a desovar (época de desovar é agora) e são apanhadas durante a noite.
Daniel Tomaz

Receita de Lampreia

Receita de Lampreia
Ingredientes:
2 Lampreias
3 Cebolas Grandes
3 Dentes de Alho Francês            
2,5 dl de Azeite       
5 dl de Vinho tinto
2 Colheres de sopa de salsa picada
2 Colheres de sopa de vinagre
Coentros picados   
Sal q.b.
Pimenta q.b.
8 Pães às fatias torradas no forno 

Modo de Preparação:
Depois da lampreia convenientemente preparada, corta-se em postas com cerca de 5 cm.
Põe-se a Lampreia e o sangue numa vasilha de louça juntamente com a salsa picada, o alho, o vinagre, o vinho tinto, o sal e a pimenta. Deixa-se marinar durante 5 horas. Faz-se um bom puxado com azeite e cebola e o alho Francês. Quando esta ficar loura, deitam-se os bocados da lampreia com amarinada e deixa-se refogar lentamente. Quando estiver cozida despeja-se sobre o pão torrado.
Nota: Pode-se dispensar o pão e acompanhar com arroz branco.
Daniel Tomaz

Barbo

Nome Científico - barbus bocagei
O Barbo é uma espécie autóctone da Península Ibérica, encontrando-se, também, no rio Guadiana. Tem preferência pelas águas fundas e rápidas com fundos de pedra ou gravilha.
Alimenta-se de invertebrados, como pequenos crustáceos, larvas de insectos e moluscos.
 A desova ocorre de Maio a Julho depois do Barbo ter migrado pelo rio acima. Os ovos são venenosos.
Ivo Paulino